DESENVOLVIMENTO
DE IDEIAS INOVADORAS
Por Genival da Silva
Professor
de História da Educação Básica
Quando falamos sobre ideias inovadoras,
torna-se inevitável as seguintes perguntas, dentre tantas outras: de onde vêm as boas ideias? Qual origem das
ideias criativas? Frente as essas indagações, é importante compreender um pouco de
Steve Johnson que investigou, sobretudo, de onde vêm as boas ideias. No seu livro, De onde vêm as boas ideias -
A História natural da Inovação, sem dúvida, aborda uma resposta que todos nós
estamos interessados em saber. Nessa obra, ele busca compreender os caminhos
que levam as ideias transformadoras.
A sociedade brasileira está vivendo, diante do Coronavírus
(Covid-19), o isolamento social, instigando muitos empresários a criar
mais ideias criativas, afinal, as carreiras e os negócios dependem disso. Para Johnson,
nesse sentido, é preciso compreender que não é por acaso que criatividade e inovação
caminham juntas. Certo, mas, como ser mais criativo e mais inovador? Outra
coisa, existem maneiras que nos ajudam a gerar boas ideias e aumentar a nossa
criatividade? Para Johnson, a criatividade e inovação não surgem de repente,
como se fosse de um súbito lampejo de genialidade. Nisto compreendemos o que aconteceu
com Charles Darwin, quando chegou as suas conclusões no seu livro sobre a Origem
das Espécies e a Seleção Natural. Charles Darwin chegou até afirmar que a
teoria da Origem das Espécies e a Seleção Natural, aconteceu em 28 de
setembro de 1838, enquanto estava lendo os escritos de Thomas Malthus, pois esse
tinha realizado uma pesquisa sobre população e aí, quando de repente, concluiu a
sua teoria de forma simples.
Entretanto, é necessário compreendermos o seguinte, sob o ponto
de vista de Johnson: somente foi possível para Darwin chegar as suas
conclusões, por conta dos seus cadernos de anotações, pois revelaram que a teoria
estava se formando na sua mente há mais de um ano. Logo, as ideias mais
importantes
levam tempo para evoluir e passam um período adormecido antes que sejam realizadas
na prática. Ademais, vemos que as ideias criativas são construídas a partir de várias
outras ideias menores já existentes, na nossa mente, ou seja, à medida que estudamos
algum assunto, podemos ver as suas partes como tijolos de uma parede e com o tempo,
torna-se algo inovador, uma obra completa.
Geralmente, o que transforma uma ideia menor numa grande
ideia, extraordinária, são as ideias de outras pessoas. Nisto compreendemos o que
aconteceu no século XVIII em França (1789), a Revolução Francesa. Essa Revolução
foi discutida durante as conversas de vários filósofos, conhecidos como iluministas,
nos salões parisienses que durante os cafés criaram espaços, onde as ideias
puderam se misturar e combinadas, provocaram novas formas de pensar a realidade
socioeconômica e política de um país e dessa forma, no final, diante de várias
revoltas populares, foi possível realizar na prática uma mudança violenta na
sociedade francesa que foram seguidas por várias regiões do mundo.
Diante do exposto, torna-se vital compreender a sociedade
brasileira, no que se refere a utilização das nossas redes sociais, pois ela nunca na história
encontrou tantas formas de criar possibilidades de conexão, de buscar e encontrar
pessoas. Nisto, aprendemos que existem pessoas que possuem aquela peça de pensamento
que porventura, faltava para completar a ideia que estávamos conectados há um
certo tempo, que nos deparamos por acaso, com alguma informação nova e incrível
que certamente, podemos usar para desenvolver as nossas próprias ideias. Portanto,
o que podemos compreender sobre o ponto de vista de Johnson, é uma verdadeira
lição de vida a partir do acaso, pois para ele, o acaso através das nossas conversas,
é uma verdadeira ferramenta criadora de boas ideias e criatividade, pois
possuem apenas uma função: gerar inovação. Nessa lógica, para Johnson, o acaso ajuda uma
mente conectada.


