terça-feira, 21 de abril de 2020



DESENVOLVIMENTO DE IDEIAS INOVADORAS

                                 Por Genival da Silva                                         
Professor de História da Educação Básica



Quando falamos sobre ideias inovadoras, torna-se inevitável as seguintes perguntas, dentre tantas outras:  de onde vêm as boas ideias? Qual origem das ideias criativas? Frente as essas indagações, é importante compreender um pouco de Steve Johnson que investigou, sobretudo, de onde vêm as boas ideias.  No seu livro, De onde vêm as boas ideias - A História natural da Inovação, sem dúvida, aborda uma resposta que todos nós estamos interessados em saber. Nessa obra, ele busca compreender os caminhos que levam as ideias transformadoras. 


A sociedade brasileira está vivendo, diante do Coronavírus (Covid-19), o isolamento social, instigando muitos empresários a criar mais ideias criativas, afinal, as carreiras e os negócios dependem disso. Para Johnson, nesse sentido, é preciso compreender que não é por acaso que criatividade e inovação caminham juntas. Certo, mas, como ser mais criativo e mais inovador? Outra coisa, existem maneiras que nos ajudam a gerar boas ideias e aumentar a nossa criatividade? Para Johnson, a criatividade e inovação não surgem de repente, como se fosse de um súbito lampejo de genialidade. Nisto compreendemos o que aconteceu com Charles Darwin, quando chegou as suas conclusões no seu livro sobre a Origem das Espécies e a Seleção Natural. Charles Darwin chegou até afirmar que a teoria da Origem das Espécies e a Seleção Natural, aconteceu em 28 de setembro de 1838, enquanto estava lendo os escritos de Thomas Malthus, pois esse tinha realizado uma pesquisa sobre população e aí, quando de repente, concluiu a sua teoria de forma simples.



Entretanto, é necessário compreendermos o seguinte, sob o ponto de vista de Johnson: somente foi possível para Darwin chegar as suas conclusões, por conta dos seus cadernos de anotações, pois revelaram que a teoria estava se formando na sua mente há mais de um ano. Logo, as ideias mais importantes levam tempo para evoluir e passam um período adormecido antes que sejam realizadas na prática. Ademais, vemos que as ideias criativas são construídas a partir de várias outras ideias menores já existentes, na nossa mente, ou seja, à medida que estudamos algum assunto, podemos ver as suas partes como tijolos de uma parede e com o tempo, torna-se algo inovador, uma obra completa.
Geralmente, o que transforma uma ideia menor numa grande ideia, extraordinária, são as ideias de outras pessoas. Nisto compreendemos o que aconteceu no século XVIII em França (1789), a Revolução Francesa. Essa Revolução foi discutida durante as conversas de vários filósofos, conhecidos como iluministas, nos salões parisienses que durante os cafés criaram espaços, onde as ideias puderam se misturar e combinadas, provocaram novas formas de pensar a realidade socioeconômica e política de um país e dessa forma, no final, diante de várias revoltas populares, foi possível realizar na prática uma mudança violenta na sociedade francesa que foram seguidas por várias regiões do mundo.
Diante do exposto, torna-se vital compreender a sociedade brasileira, no que se refere a utilização das nossas redes sociais, pois ela nunca na história encontrou tantas formas de criar possibilidades de conexão, de buscar e encontrar pessoas. Nisto, aprendemos que existem pessoas que possuem aquela peça de pensamento que porventura, faltava para completar a ideia que estávamos conectados há um certo tempo, que nos deparamos por acaso, com alguma informação nova e incrível que certamente, podemos usar para desenvolver as nossas próprias ideias. Portanto, o que podemos compreender sobre o ponto de vista de Johnson, é uma verdadeira lição de vida a partir do acaso, pois para ele, o acaso através das nossas conversas, é uma verdadeira ferramenta criadora de boas ideias e criatividade, pois possuem apenas uma função: gerar inovação. Nessa lógica, para Johnson, o acaso ajuda uma mente conectada. 


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